terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Certas marcas...

Um desses adesivos bregas da família feliz, colado à traseira de um carro qualquer misturado ao trânsito, me deixou pensativo por alguns instantes num dia desses, e veio à memória novamente esta manhã.
O curioso, no entanto, não é o fato de que ainda existam pessoas com a deficiência de noção necessária para colar esta merda no carro, mas sim a triste retratação do quadro familiar em questão.
Haviam, na sequência, adesivos de um rapaz feliz com boné de lado, a marca de cola do que outrora foi uma moça de vestido, e um cachorro, o qual faltavam duas patas e o rabo.
Em resumo, meu amigo, tudo pode sempre ser pior. Ela podia ter levado o cachorro inteiro.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Existindo

Se “Penso, logo existo” fosse uma equação elementar, ninguém existiria mais do que eu.
Claro que Descartes, tanto na álgebra quanto na filosofia quanto no espaço entre os dois, está longe de ter a resolução de toda e qualquer situação obscura através da busca pela verdade absoluta, e esta aplicação matemática ao seu bordão filosófico faz ainda menos sentido quando lembro que existem pessoas que, embora não pensem, são sempre tão presentes.
Ainda assim, esta relação explicaria bem essa minha vontade de, às vezes, existir em menor intensidade.