Cicatriz por cicatriz, continuo adepto à estética dos filmes de ação
dos anos 80.
Ferimento à bala no ombro esquerdo, perigosamente localizado próximo
ao coração, porém suficientemente inofensivo a ponto de não impedir
que o herói, enobrecido pela desvantagem física, salve o dia num
último esforço quase letal e ainda sobreviva para colher os louros.
Você não vai ver um cara desses reclamar dos pontos, do gosto do
analgésico ou de saudades... acontece que essa cicatriz sequer estará
lá numa eventual continuação (longe de mim desmerecer o pessoal da
maquiagem).
E é por isso que ele vai estar sempre aguardando o chamado, pronto
para desviar de novos disparos e cometer os velhos mesmos erros outra
vez, com o peito estufado e o coração à prova de balas na linha de
frente.
Quanto às minhas marcas, estas são um pouco diferentes a começar pela
continuidade.
Elas estarão sempre lá, vindas de orgulho ou clímax algum, limitando
movimentos por tempo indeterminado além de serem mais difíceis de
explicar. Não dá simplesmente para apontar e dizer “cobertura do
Nakatomi Plaza, natal de 88”.
Mas uma coisa John McLane e eu temos em comum... nenhum de nós espera
muita coisa da cavalaria.
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